quarta-feira, 24 de junho de 2009

Em busca do Cabelo Sagrado


Ontem foi dia de cortar a trunfa. Como sempre, fui à Ana, única pessoa à face da terra habilitada a deixar-me com ar de tótó acabadinho de sair do Coiffeure. Vejo-a, sensivelmente, a cada 3 meses, tempo suficiente, para que o meu cabelo comece a tomar uma estranha forma de penico.

Mas o tema central deste post não é o meu cabelo, mas sim o da Ana. Em 3 meses tinha-lhe crescido muito. Geralmente tem o cabelo curto, a tapar-lhe a orelha, e ontem quase que lhe tapava o rabo. “Deve ser um novo Shampoo Kerastase com extractos de adubo. Inventam tudo”, pensei eu. Sem tempo de me prolongar no meu pensamento, interrompe-me: “Sabe que tenho uma surpresa para a sua colega, que também vem cá hoje para me ver. Ela andava sempre a pedir-me que pusesse extensões.... e cá estão!”.

Lá se foi a teoria do adubo, dando origem, à estranha prática das extensões. Já tinha ouvido falar, mas nunca visto de perto, nem pensado sobre o tema. Ela mostrou-me aquilo de perto, e o que me veio à cabeça foi: “What the fuck?!”. Basicamente é cabelo de alguém, que o deixou crescer, colado ao nosso. Não se sabe bem de quem. Ainda perguntei se seria cabelo de pessoas mortas, que possam ter assinado uma papelada para doar o seu cabelo, tal como se doam os órgãos. Mas não, nada disso.

Explicou-me que o cabelo vem da Índia, apesar de não cheirar a caril. Existe uma seita indiana que deixa crescer o cabelo a favor de um Templo sagrado, que depois o utiliza para vender, ganhando dinheiro para o seu restauro. Sim sim. Mais um bocadinho e contava-me a história do Indiana Jones e o Templo do Cabelo Sagrado...

A minha questão é simples: se querem cabelo comprido, não valia mais, deixar crescer, em vez de andarem a passear o cabelo de alguém que nunca deve ter visto um Shampoo à frente? “Ah...e tal... demora mais e eu quero já”. É o problema da sociedade moderna, em que o tempo não dá tempo ao tempo. Como eu sou um gajo moderno, vou ali fazer umas extensõezinhas à barba, porque logo à noite vou sair ao Bairro Alto, e já volto.

6 comentários:

  1. O que eu já me ri com este post :)
    Em relação ao meu cabelo, gosto, não gosto, gosto, não gosto, gosto. Gosto dele ao natural, apesar de parecer ter vida própria em determinados dias :)

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  2. Isso chamam-se Hair Lenghts!

    Beijocas

    PS: A minha Siça é muito boa cabeleireira... faz umas massagens no couro cabeludo e ainda tenho direito a Nespresso e bolachinhas com geleia.

    TOMA!!!

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  3. Ai Salsicha, já percebi que tenho que vir cá explicar-te tudo (primeiro a história da copa do soutien e agora...). Anyway, eu não faço extensões, mas não acho mal que as façam porque:
    Ponto 1: Nem todas as pessoas (mulheres, vá) têm a sorte de ter um cabelo suficientemente robusto e saudável que aguente um crescimento de grande 'porte'. A maioria dos cabelos exige uma valente tesourada de quando em vez;
    Ponto 2: As modas mudam, pois claro. E não há kerastase nem adubo que milagrosamente faça o cabelo crescer 4 palmos se, na estação anterior, a moda era o pente 3 com gel e revirado para o lado esquedo.
    Ponto 3: Uma gaja mete conversa com o menino lá no sítio da passarada (vulgo twiter) e o menino nada. O mesmo se aplica a si, dona Pepper. Sim, a menina da Comercial e do comentário aí em cima! ;)

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  4. Ai Debbie Debbie, és a minha rede. Como diria o nosso Tony Carreira: quem era eu sem ti, quem era eu sem ti, um eterno vagabundo.... ;)

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  5. Quem eras tu sem mim?
    Um inverno sem sinais de primavera
    Tu eras

    ;)

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  6. Sim, concordo. E mais. Aparentemente essas extensões dão de boa qualidade. Uma colega minha colocou umas extensões manhosas, que à distância se percebe que há ali uma diferença e pior.... de vez em quando caem ;-)

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