O grande aperto

Começa hoje o aperto para quem vive na Expo. Para quem vive em Portugal, o aperto já começou há uns anos.. Mas a Expo sempre foi para mim uma espécie de um pedaço de terra que parece ter sido colonizado por alemães... Tudo muito limpo, tudo muito organizado, tudo com ar de novo, tudo pensado, não há postes no meio da estrada, tem um teleférico, e cheira a dinheiro.... e asseguro-vos que não é só do Casino!

Habituados a viver à larga, não admira que os expoenses reclamem destes 3 dias de aperto. Ok. Não é uma aperto financeiro. Mas não deve ser agradável querer sair da Torre São Gabriel no seu BMW X6 branco alpino (branco frigorífico é cor de Opel Corsa) e ter de baixar o vidro fumado para responder ao inquérito do Sniper disfarçado de Steward fluorescente: Em que andar mora? Porque vai sair? E onde é que vai? Volta para jantar? Qual o consumo em cidade? Enfim, questões que podem identificar um Terrorista num piscar de olhos. Por exemplo, se a pessoa responde que gasta 16 litros aos 100, é Terrorista. Óbvio! Conduz um BMW X6 e faz contas aos depósitos?!! Naaaahh.

Isto para vos dizer que a segurança na Expo é máxima! Tenho a certeza que não há espaço para atentados no aperto. E garanto-vos que não só não há espaço, como também não há terroristas. Com a crise internacional, quem é que tem dinheiro para fazer uma viagem até Portugal para vir cá pôr uma bombinha? Que eu saiba, a Easyjet ainda não faz Cabul - Lisboa... E para vir de burro teriam de ter saído no ano passado...

Por isso, Obama, tranquilo! A única coisa que poderá explodir na Expo será o processo Casa Pia no Campus da Justiça, para voltar a estaca zero. Um, dois, três... Pummmmm.